Operadora prepara para 2010 uma agressiva política de relacionamento com seus canais de distribuição para fortalecer e consolidar liderança no Rio de Janeiro
Dizem que a primeira impressão é aquela que guardamos em nossa mente. A sensação que tivemos ao entrar na sede da operadora de saúde Omint foi a de nos sentir em casa. A empresa está sediada numa bela e alva construção encravada na lendária Ipanema, no Rio de Janeiro, imortalizada por Vinicius e Tom nos saudosos anos 1960. A sóbria e harmoniosa instalação da empresa nos remete a um ambiente de exclusividade. Sorrisos francos, pessoas gentis e bem-humoradas nos aguardam e lembram que ainda há espaço nas organizações para charme, sinceridade e elegância no atendimento, sem perda do senso profissional.
O próximo passo foi mergulhar nessa que é considerada uma organização modelar de planos de saúde e que encontrou um espaço especial para crescer e existir, muito além do competitivo mundo das operadoras. Nele, a empresa pode desfrutar do tão almejado oceano de águas azuis, ambiente ideal para servir a sociedade e florescer.
O DNA
A Omint, nome que poderia ser a redução de Organização Médica Internacional, foi concebida em meados dos anos 1960 por dois amigos e empreendedores argentinos, que ousaram conceber e viabilizar um plano de saúde com a audácia e a coragem merecidas, com dedicação e respeito aos clientes. Nessa época, o mundo conhecia apenas dois modelos de medicina, o público e o particular. A sociedade carecia de novas opções.
Uma das dificuldades da época era imaginar como financiar tratamentos médicos a pacientes particulares e estender esse mecanismo à sociedade. Outra dúvida, certamente a de mais difícil equação para os empreendedores da Omint em 1967, era prever a importância e a dimensão que o assunto tomaria na vida e no orçamento das pessoas. Experiências de medicina de grupo e seguros de saúde havia apenas na América do Norte. Eram onerosas e motivo de disputas entre empregados e patrões, sendo as duas mais bem-sucedidas as operadas pelas gigantes Blue Cross e Kaiser. Treze anos depois, em 1980, a Omint desembarcou a experiência e as malas em São Paulo. Depois inaugurou seu escritório no Rio de Janeiro, implantando aquelas que viriam a ser suas principais bases de operação no Brasil.
Hoje, passados mais de 40 anos, a organização possui os sinais vitais íntegros e transpira jovialidade, criatividade e disposição para enfrentar novas batalhas de mercado, como o desafio das transformações e restrições no segmento em que atua, a chamada classe alta ou, simplesmente, classe A.
Segundo Alvaro Ribeiro, gerente geral da Omint no Rio de Janeiro, a empresa prevê chegar ao final de 2010 com 100 mil associados – número modesto para o setor, onde operadores batem no peito jurando possuir milhares de clientes. A empresa comemora o tamanho e o foco como essenciais para capitalizar imagem e reputação junto a seus principais grupos de afinidades, comunidade médica, redes de serviços, funcionários, acionistas, sociedade e governo. “Eis aqui a nossa maior preocupação, humanizar o atendimento e oferecer programas preventivos, reafirmando em cada atitude empresarial a preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida”, afirma Ribeiro. Toma como exemplo a baixa rotatividade de clientes e funcionários, dois de alguns dos seus principais indicadores. “Não podemos sequer imaginar ter a mesma média do mercado”, comenta o gerente, remetendo ao compromisso de liderar esses quesitos, com reflexo direto no resultado da organização.
A contrapartida
Com um cadastro de celebridades, executivos, profissionais liberais e empresários, a Omint precisa distinguir sua clientela com planos e programas médicos e odontológicos baseados em sua experiência e conhecimento, com serviços exclusivos. Um exemplo são os reembolsos de atendimentos realizados no dia seguinte à entrega dos comprovantes, com valores suficientes para cobrir as mais altas exigências da clientela, na contramão do mercado, onde, não raro, o prazo pode chegar a 60 dias. Já a Assistência ao Viajante da Omint cobre riscos de viagem de US$ 30 mil dólares, em qualquer país do mundo.
Outra distinção oferecida aos clientes − os programas de saúde preventiva – motivou a empresa a constituir um núcleo de especialistas em medicina preventiva. A inovação resultou no Núcleo de Saúde e Prevenção (Nusp), que visa disseminar as boas práticas de saúde e vida.
Outra iniciativa exclusiva é o processo seletivo de médicos, dentistas e outros profissionais para compor o sistema de atendimento credenciado. A empresa apreendeu que padrões criteriosos na relação de credenciados − comprovação profissional, pós-graduação, pesquisas e estudos em instituições de primeira linha − se refletem diretamente na satisfação e manutenção da clientela. Alinhada a esse compromisso, a empresa ainda oferece em suas publicações o histórico de cada profissional, para a escolha dos pacientes.
Outra medida única é oferecer cirurgia plástica embelezadora nos contratos. A plástica embelezadora, a medicina da dor, o pagamento de peças e tecnologias importadas e outros acessórios no contrato são exclusividades da organização. São considerados pecados mortais pela cultura dominante. Essa filosofia ganhadora da empresa se aplica também aos planos empresariais, em que os clientes experimentam o comprometimento com a prevenção e a cura.
A relação com o mundo das vendas
Recentemente, a operadora decidiu apoiar atividades de capacitação dos consultores de saúde e odontológicos, a partir do próximo ano. Ela tem consciência de que uma adesão de qualidade influencia na permanência e no relacionamento cliente-companhia. Ao voltar seus olhos para o tema, a organização se identifica com o trabalho de qualificação, percebida como uma das principais motivações dos canais de distribuição.
A pergunta final, aquela que você, leitor, certamente faria é: quanto custa a mais ter um plano Omint? Será que o plano cabe no meu bolso? Alvaro Ribeiro, gerente geral da Omint no Rio de Janeiro, aposta que sim e afirma que um plano Omint não vai além de 15% sobre os preços médios dos produtos similares existentes.